Quem somos

O Grupo de Experimentações Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPS) reúne pesquisadores, artistas, educadores, produtores culturais, escritores, curadores, professores, terapeutas ocupacionais e acompanhantes terapêuticas a fim de refletir, realizar pesquisas conceituais, críticas e artísticas e propiciar espaços de troca relacionados às poéticas e políticas no contemporâneo.

Valorizando diferentes saberes e sensibilidades, experimentamos criar diálogo e interação entre universidade, pesquisas independentes nos âmbitos da arte, da clínica e da cultura, e as necessidades das pessoas na vida em comum. Buscamos também traçar pontes entre lugares de errância e de criação, acolhendo e acompanhando processos criativos, formativos e clínicos por meio de oficinas, seminários, debates, grupos de estudo, laboratórios e interlocução crítica.


O coletivo e as suas singularidades          

Atualmente, o GEPPS conta com a participação de:


Eduardo A. A. Almeida é escritor. Doutor e Mestre em Estética e História da Arte (PGEHA/USP). Pesquisador de poéticas contemporâneas, com ênfase nas relações entre estética e política. Curador independente. Colunista do caderno de cultura do jornal Correio Popular. Professor de teoria, crítica e história da arte. Membro do coletivo de criação literária Discórdia. Integrante da Editoria de Criação da revista Interface: Comunicação, Saúde, Educação (UNESP). Autor da peça Museu de Arte Efêmera de Lethe (Sesi, 2019) e dos livros: Diante dos meus olhos (Reformatório, 2019), Testemunho Ocular (Lamparina Luminosa, 2018) e Por que a Lua brilha (Cultura e Barbárie, 2017).
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9425056077108659
Site: www.artefazparte.com


Gisele Dozono Asanuma é doutora pelo Programa Interunidades de Pós-Graduação em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (PGEHA/USP); Mestre em Psicologia Clínica pelo núcleo de subjetividade da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Possui graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade de São Paulo (USP) e formação em Artes Visuais pela Escola Panamericana de Artes. Dedica-se à prática clínica em terapia ocupacional, proposições artísticas relacionadas a livro de artista, memórias e correspondências poéticas, xilogravura, fotografia e derivas artísticas pela cidade de São Paulo. Tem experiência em equipes de arte-educação e residência artística. Realiza pesquisa que discute estética, política e crítica na arte contemporânea e investiga "sutis invenções curatoriais". Desenvolve trabalhos poéticos na Interface Arte e Saúde, sempre tendo como tema central a noção de experiência no contemporâneo.



Isabela Umbuzeiro Valent é terapeuta ocupacional graduada pela Universidade de São Paulo (2007). Mestre (2014) e Doutoranda em Estética e História da Arte pelo Programa Interunidades em Estética e História da Arte da USP. Dedica-se à criação de estratégias de participação cultural e realizações artísticas envolvendo comunidades heterogêneas, em práticas artísticas colaborativas que contam com a participação de pessoas nas mais diversas condições, incluindo aquelas que vivem situações de vulnerabilidade ligadas à diferentes problemáticas: deficiências, sofrimento psíquico e vulnerabilidade social, dentre outras. Foi coordenadora do Núcleo de Cultura do Centro de Convivência É de Lei. É Pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisa Arte, Corpo e Terapia Ocupacional (PACTO) da FMUSP. Em sua atuação, busca compor dispositivos de articulação que possibilitem a criação comum a partir de práticas artísticas contemporâneas, envolvendo fotografia, audiovisual, dança e intervenções urbanas. Sua zona de atuação transita pela pesquisa acadêmica, criação artística, terapia ocupacional, acompanhamento terapêutico e gestão de projetos culturais, criando territórios pautados por políticas de deslocamento e encontros sensíveis improváveis, sempre a partir da prática do convívio na alteridade em espaços públicos.



Mariana Louver Mendes é terapeuta ocupacional graduada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em em Estética e História da Arte (PGEHA/USP) e doutoranda em Ciências da Saúde (UNIFESP). Desenvolve prática clínica em terapia ocupacional e acompanhamento terapêutico, e atua como professora universitária. Pesquisa e desenvolve iniciativas com arte e cultura promotoras de cuidado e promove redes entre estas iniciativas.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7700263513263702

 

 




O que significa o logotipo do GEPPS         
 


O ícone que compõe o nosso logotipo foi inspirado numa passagem de Fernand Deligny, educador francês que usou a metáfora da jangada para descrever uma forma de funcionamento nem atada nem solta demais. Em suas palavras:

Usei a imagem da jangada para evocar o que está em jogo nessa tentativa, nem que seja para dar a ver que ela deve evitar ser sobrecarregada, sob pena de afundar ou de virar, caso a jangada esteja mal carregada, a carga mal distribuída. [...] Uma jangada, sabem como é feita: há troncos de madeira ligados entre si de maneira bastante frouxa, de modo que quando se abatem as montanhas de água, a água passa através dos troncos afastados. Dito de outro modo: não retemos as questões. Nossa liberdade relativa vem dessa estrutura rudimentar, e os que a conceberam assim – quero dizer, a jangada – fizeram o melhor que puderam, mesmo que não estivessem em condição de construir uma embarcação. Quando as questões se abatem, não cerramos fileiras – não juntamos os troncos – para constituir uma plataforma concertada. Justo o contrário. Só mantemos do projeto aquilo que nos liga. Vocês veem a importância primordial dos liames e dos modos de amarração e, da distância mesma que os troncos podem ter entre eles. É preciso que o liame seja suficientemente frouxo e que ele não se solte.

Deligny, F. Jangada. In: Cadernos de Subjetividade, ano 10, n. 15, 2013, p. 90.

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Trajetória         

2010-2014          

Grupo de orientação e estudos
O GEPPS nasceu a partir dos encontros de um grupo de mestrandos e doutorandos em Estética e História da Arte coordenado pela professora Dra. Eliane Dias de Castro na Universidade de São Paulo (PGEHA/USP).
Ele reúne pesquisadores e estudantes com formações diversas: artistas, escritores, terapeutas ocupacionais, acompanhantes terapêuticos, produtores culturais e historiadores, teóricos e críticos de arte, que realizam pesquisas transversais e interdisciplinares.
A partir da construção do pensamento crítico e do entrecruzamento entre as pesquisas em andamento, o grupo configurou um campo de conexões entre as artes, a clínica e a produção do cuidado em iniciativas que vão além do espaço acadêmico.

2015-2017          
Grupo de Estudo e Pesquisa das Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPPS)
Com o desejo de elaborar ações mais horizontais e colaborativas, passamos a compartilhar sonhos e a experimentar formas de trabalho conjunto, criando pontes entre práticas artísticas, sociais e de produção de conhecimento.
O nome do grupo surgiu com a realização do Seminário Internacional de Pesquisa: Experiências Poéticas e Políticas do Sensível, que organizamos em parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisa Arte, Corpo e Terapia Ocupacional (PACTO/USP) em 31 de agosto de 2015 no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Nessa primeira formulação, nossas principais atividades estavam relacionadas a estudos e pesquisas, como o nome indicava. Atividades que se expandiram em conjunto com nossos desejos de experimentar, criar espaços de troca e propor ações estéticas, sensíveis, artísticas e formativas.
Ao longo dos anos, aprendemos a produzir juntos. Desfazendo a autoria individualista, criamos textos, cursos e projetos de intervenção; colaboramos com mobilizações políticas em defesa da universidade; organizamos eventos; sustentamos grupos de estudo; incubamos desejos ainda informes; negociamos responsabilidades e apoiamos uns aos outros nos projetos de cada participante.

2018 em diante          
Grupo de Experimentações Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPS)
Não mais vinculado à universidade, o grupo substituiu os termos “estudo e pesquisa” por “experimentações”, de maneira a acolher as formas de produção coletiva que se manifestavam e o desejo de afirmar a produção de conhecimento compartilhada para além da universidade.
Propusemos exercitar novos modos de produção pautados em deliberações coletivas, respeitando a igualdade das inteligências, honrando o saber de cada ser. Lugares de troca e de criação sustentados por uma ética do cuidado, com o compromisso orientado não pela obrigação, subordinação ou falta de opção, mas por um cultivo de lugares que não dependam da imposição hierárquica para operarem e onde cada integrante tenha o espaço que deseja e do qual pode cuidar. Onde a força do trabalho coletivo ganhe corpo pautada no respeito e no propósito de estar junto, fazer junto, aprender com o outro.
2019 marca um importante momento de abertura do GEPPS para tecer redes e, dessa forma, encontrar formas de se configurar na relação com o mundo. Criamos espaços de interlocução coletiva por meio deste site e blog; também passamos a habitar as redes sociais digitais com o propósito de organizar nossas produções e abrir canais de comunicação com demais pessoas interessadas nos temas que desenvolvemos.



Pesquisa          

Os temas desenvolvidos pelo grupo estão ligados a:
 

 – Experiências na interface da arte e da produção da saúde.
– Discussões sobre poéticas de artistas.
– Políticas públicas e produção cultural.
– Teoria e crítica de arte.
– Processos escriturais.
– Ética, estética e política no contemporâneo.

Algumas questões nos mobilizam a continuar estudando, discutindo, produzindo e, sempre que possível, levando a público:
 

– Poéticas e políticas do sensível.
– Aspectos da experiência no contemporâneo.
– Produção de subjetividade.
– Linguagens e poéticas artísticas singulares.
– Lugar do comum.
– A comunidade porvir.
– Interfaces da arte e da clínica.
– Memórias, histórias, narrativas.
– Formas de emancipação possíveis.