Quem somos
O Grupo de Experimentações Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPS) reúne pesquisadores, artistas, educadores, produtores culturais, escritores, curadores, professores, terapeutas ocupacionais e acompanhantes terapêuticas a fim de refletir, realizar pesquisas conceituais, críticas e artísticas e propiciar espaços de troca relacionados às poéticas e políticas no contemporâneo.
Valorizando diferentes saberes e sensibilidades, experimentamos criar diálogo e interação entre universidade, pesquisas independentes nos âmbitos da arte, da clínica e da cultura, e as necessidades das pessoas na vida em comum. Buscamos também traçar pontes entre lugares de errância e de criação, acolhendo e acompanhando processos criativos, formativos e clínicos por meio de oficinas, seminários, debates, grupos de estudo, laboratórios e interlocução crítica.
O coletivo e as suas singularidades
Atualmente, o GEPPS conta com a participação de:
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9425056077108659
Site: www.artefazparte.com
Gisele Dozono Asanuma é doutora pelo Programa Interunidades de Pós-Graduação em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (PGEHA/USP); Mestre em Psicologia Clínica pelo núcleo de subjetividade da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Possui graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade de São Paulo (USP) e formação em Artes Visuais pela Escola Panamericana de Artes. Dedica-se à prática clínica em terapia ocupacional, proposições artísticas relacionadas a livro de artista, memórias e correspondências poéticas, xilogravura, fotografia e derivas artísticas pela cidade de São Paulo. Tem experiência em equipes de arte-educação e residência artística. Realiza pesquisa que discute estética, política e crítica na arte contemporânea e investiga "sutis invenções curatoriais". Desenvolve trabalhos poéticos na Interface Arte e Saúde, sempre tendo como tema central a noção de experiência no contemporâneo.
Isabela Umbuzeiro Valent é terapeuta ocupacional graduada pela Universidade de São Paulo (2007). Mestre (2014) e Doutoranda em Estética e História da Arte pelo Programa Interunidades em Estética e História da Arte da USP. Dedica-se à criação de estratégias de participação cultural e realizações artísticas envolvendo comunidades heterogêneas, em práticas artísticas colaborativas que contam com a participação de pessoas nas mais diversas condições, incluindo aquelas que vivem situações de vulnerabilidade ligadas à diferentes problemáticas: deficiências, sofrimento psíquico e vulnerabilidade social, dentre outras. Foi coordenadora do Núcleo de Cultura do Centro de Convivência É de Lei. É Pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisa Arte, Corpo e Terapia Ocupacional (PACTO) da FMUSP. Em sua atuação, busca compor dispositivos de articulação que possibilitem a criação comum a partir de práticas artísticas contemporâneas, envolvendo fotografia, audiovisual, dança e intervenções urbanas. Sua zona de atuação transita pela pesquisa acadêmica, criação artística, terapia ocupacional, acompanhamento terapêutico e gestão de projetos culturais, criando territórios pautados por políticas de deslocamento e encontros sensíveis improváveis, sempre a partir da prática do convívio na alteridade em espaços públicos.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7700263513263702
O que significa o logotipo do GEPPS
O ícone que compõe o nosso logotipo foi inspirado numa passagem de Fernand Deligny, educador francês que usou a metáfora da jangada para descrever uma forma de funcionamento nem atada nem solta demais. Em suas palavras:
“Usei
a imagem da jangada para evocar o que está em jogo nessa tentativa, nem
que seja para dar a ver que ela deve evitar ser sobrecarregada, sob
pena de afundar ou de virar, caso a jangada esteja mal carregada, a
carga mal distribuída. [...] Uma jangada, sabem como é feita: há troncos
de madeira ligados entre si de maneira bastante frouxa, de modo que
quando se abatem as montanhas de água, a água passa através dos troncos
afastados. Dito de outro modo: não retemos as questões. Nossa liberdade
relativa vem dessa estrutura rudimentar, e os que a conceberam assim –
quero dizer, a jangada – fizeram o melhor que puderam, mesmo que não
estivessem em condição de construir uma embarcação. Quando as questões
se abatem, não cerramos fileiras – não juntamos os troncos – para
constituir uma plataforma concertada. Justo o contrário. Só mantemos do
projeto aquilo que nos liga. Vocês veem a importância primordial dos
liames e dos modos de amarração e, da distância mesma que os troncos
podem ter entre eles. É preciso que o liame seja suficientemente frouxo e
que ele não se solte.”
Deligny, F. Jangada. In: Cadernos de Subjetividade, ano 10, n. 15, 2013, p. 90.
Download
Se você precisa aplicar o logotipo do GEPPS em algum material de
comunicação, clique aqui para baixar os arquivos corretos.
Trajetória
2010-2014
Grupo de orientação e estudos
O GEPPS nasceu a partir dos encontros de um grupo de mestrandos e
doutorandos em Estética e História da Arte coordenado pela professora
Dra. Eliane Dias de Castro na Universidade de São Paulo (PGEHA/USP).
Ele reúne pesquisadores e estudantes com formações diversas: artistas,
escritores, terapeutas ocupacionais, acompanhantes terapêuticos,
produtores culturais e historiadores, teóricos e críticos de arte, que
realizam pesquisas transversais e interdisciplinares.
A partir da construção do pensamento crítico e do entrecruzamento entre
as pesquisas em andamento, o grupo configurou um campo de conexões entre
as artes, a clínica e a produção do cuidado em iniciativas que vão além
do espaço acadêmico.
2015-2017
Grupo de Estudo e Pesquisa das Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPPS)
Com o desejo de elaborar ações mais horizontais e colaborativas,
passamos a compartilhar sonhos e a experimentar formas de trabalho
conjunto, criando pontes entre práticas artísticas, sociais e de
produção de conhecimento.
O nome do grupo surgiu com a realização do Seminário Internacional de Pesquisa: Experiências Poéticas e Políticas do Sensível,
que organizamos em parceria com o Laboratório de Estudos e Pesquisa
Arte, Corpo e Terapia Ocupacional (PACTO/USP) em 31 de agosto de 2015 no
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Nessa primeira formulação, nossas principais atividades estavam
relacionadas a estudos e pesquisas, como o nome indicava. Atividades que
se expandiram em conjunto com nossos desejos de experimentar, criar
espaços de troca e propor ações estéticas, sensíveis, artísticas e
formativas.
Ao longo dos anos, aprendemos a produzir juntos. Desfazendo a autoria
individualista, criamos textos, cursos e projetos de intervenção;
colaboramos com mobilizações políticas em defesa da universidade;
organizamos eventos; sustentamos grupos de estudo; incubamos desejos
ainda informes; negociamos responsabilidades e apoiamos uns aos outros
nos projetos de cada participante.
2018 em diante
Grupo de Experimentações Poéticas e Políticas do Sensível (GEPPS)
Não mais vinculado à universidade, o grupo substituiu os termos “estudo e
pesquisa” por “experimentações”, de maneira a acolher as formas de
produção coletiva que se manifestavam e o desejo de afirmar a produção
de conhecimento compartilhada para além da universidade.
Propusemos exercitar novos modos de produção pautados em deliberações
coletivas, respeitando a igualdade das inteligências, honrando o saber
de cada ser. Lugares de troca e de criação sustentados por uma ética do
cuidado, com o compromisso orientado não pela obrigação, subordinação ou
falta de opção, mas por um cultivo de lugares que não dependam da
imposição hierárquica para operarem e onde cada integrante tenha o
espaço que deseja e do qual pode cuidar. Onde a força do trabalho
coletivo ganhe corpo pautada no respeito e no propósito de estar junto,
fazer junto, aprender com o outro.
2019 marca um importante momento de abertura do GEPPS para tecer redes
e, dessa forma, encontrar formas de se configurar na relação com o
mundo. Criamos espaços de interlocução coletiva por meio deste site e
blog; também passamos a habitar as redes sociais digitais com o
propósito de organizar nossas produções e abrir canais de comunicação
com demais pessoas interessadas nos temas que desenvolvemos.
Pesquisa
Os temas desenvolvidos pelo grupo estão ligados a:
– Experiências na interface da arte e da produção da saúde.
– Discussões sobre poéticas de artistas.
– Políticas públicas e produção cultural.
– Teoria e crítica de arte.
– Processos escriturais.
– Ética, estética e política no contemporâneo.
Algumas questões nos mobilizam a continuar estudando, discutindo, produzindo e, sempre que possível, levando a público:
– Poéticas e políticas do sensível.
– Aspectos da experiência no contemporâneo.
– Produção de subjetividade.
– Linguagens e poéticas artísticas singulares.
– Lugar do comum.
– A comunidade porvir.
– Interfaces da arte e da clínica.
– Memórias, histórias, narrativas.
– Formas de emancipação possíveis.